Sessões de Cinema

As Sessões de cinema serão gratuitas na medida dos lugares disponiveis e compostas pelas seguintes secções:

Competição Internacional

Pretende-se dar a conhecer autores e títulos recentes da cinematografia mundial.

Competição Nacional

Pretende-se dar a conhecer a mais recente produção nacional angolana nos formatos curta e longa metragem.

Sessões Temáticas e não Competitivas

A intenção é mostrar filmes pouco vistos e importantes para a cultura e história de Angola, mas
também focar autores e filmografias da cinematografia mundial.

Sessão Homenagem

Esta será uma secção importante do DocLuanda. Será sempre uma forma de homenagear uma figura (realizador, actor, técnico) do cinema angolano, cujo trabalho foi/é importante no desenvolvimento do sector.

O Homenageado desta II Edição será o cineasta Óscar Gil

Extensões Provincias

Esta II Edição trará a surpresa da primeira extensão a realizar nas provincias. Assim entre os dias
13 a 16 de Abril 2023, será realizado o DOC Luanda – Lubango

Masterclasses / Encontros

Conversas e encontros com o publico à volta de temáticas de interesse e importantes para o desenvolvimento do cinema angolano. A intenção é que para estes encontros ou masterclasses sejam convidadas profissionais de reconhecido mérito e competência nas suas especialidades.

A II Edição terá dois encontros: O Primeiro no dia 03 de Abril no Camões sob o tema “Festivais de Cinema em Luanda” e o segundo no dia 05 de Abril na Academia BAI sob o tema “Produção de Documentários em Angola”

Concertos /Artes Performativas

A intenção de organizar concertos/espectáculos com artistas consagrados no panoramo angolano desde a música, dança, teatro. A ideia de incluir esta secção tem o intuito de criar/diversificar uma visão mais abrangente de outras artes.

Feira do Livro e do DVD

A intenção de organizar uma Feira do Livro e do DVD é prestar um serviço à comunidade em geral e aos cinéfilos e estudantes de cinema em particular. Numa cidade em que a oferta de produtos culturais é escassa, a Feira do Livro e do DVD coloca à disposição de todos inumeros títulos editoriais e edições de filmes em formato home movie a preços reduzidos.

Exposições

Serão organizadas exposições temáticas que promovam o conhecimento e possam ajudar a divulgar a história do cinema. Para esta IIª edição a proposta será a exposição “Augusta Conchiglia – Nos trilhos da frente Leste – imagens da luta de libertação de Angola” com curadoria de Maria do Carmo Piçarra e José Costa Ramos.

Camões | 30 Março a 6 Abril | 10h00 - 20h00

Academia BAI | 31 Março – 5 e 6 Abril | 14h00 – 18H00

CAMÕES – 30 Março a 6 Abril

  • Inauguração do Festival e dos seus espaços (Exposição, Feira do Livro e do DVD) com cocktail de boas
    vindas. A sessão de abertura contará com a intervenção da organização do Festival.
    Os lugares da sessão de Abertura serão por convite.

Auditório Pepetela – Sessão de Abertura

18H00

  • Memórias do Fogo. Real. Rita Santos, Ireneu Neto e Leandro Olimpio (Brasil, 2022, 10’)

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • Gold or Money. Real. Jérôme Poisson & Eric Rivot (França, Mali, 2022, 50’) 2022, 18’)

16H00

  • Já Estou Farto. Real. Paulo Antunes (Portugal, 2021, 68’)

Auditório Pepetela – Competição Nacional

18h00

  • Era uma Vez – Real. Mocotó Praia (Angola, 2021, 70’),
  • Seguido de conversa com o Realizador

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • A Place Called Wahala. Real. Jurgen Ellinghaus (Alemanha, Togo, França, 2021, 55’)

16H00

  • Daniel e Daniela. Real. Sofia Pinto Coelho (Portugal, 2022, 78’)

Auditório Pepetela – Sessão Homenagem – ÓSCAR GIL

18H00

  • Homenagem Óscar Gil
  • Os lugares da sessão de Homenagem serão por convite.

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • Labuta. Real. Inês Alves & Lara Plácido (Cabo Verde, 2021, 21’)
  • Set Her Running – Real. Rui Pinheiro (Portugal, 2022, 18’)

16H00

  • A Casa da Rosa – Real. Rosa Coutinho Cabral (Portugal, 2022, 90’)

Auditório Pepetela – Competição Nacional

18H00

  • 13 Junho – Albinismo para sempre – Real. Lauro Cassule (Angola, 2020, 13’)
  • Atrás das Redes – Real. Sandra Saquita (Angola, 2020, 16’)
  • SolZ – Real. David Nahenda (Angola, 2020,7’)
  • Seguido de conversa com os realizadores

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • Ntoro, Aldeia de Ratos. Real. Carlos Noronha (Moçambique, 2021, 45’)

Auditório Pepetela – Mesa Redonda

15H00 – 17H00

  • Festivais de Cinema em Luanda –Com a participação de Jorge António (Cineasta, Director Doc Luanda), Tatiana de Morais Mbuta (Directora Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos de Luanda) Edgar Carvalho (Viana cineFest) e Vânio Luis (FescKianda)

Auditório Pepetela – Sessão Especial

18H00

  • Diálogo com Ruth Sousa – Real. Juliana Vicente (Brasil, 2020, 108’)

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • Procura-se Morto ou Vivo. Real. Marcel Gonnet & Daniel Fróes (Brasil, 2023, 99’) M/16

 

16H00

  • Yoon – Real. Pedro Figueiredo Neto & Ricardo Falcão (Portugal, 2021, 84’)

Auditório Pepetela – Competição Nacional

18H00

  • Histórias do Kakwuaco  –Real. Colectiva (Angola, 2022, 21’)
  • Seguido de conversa com os realizadores

Auditório Pepetela – Competição Internacional

14H00

  • Cimientos. Real. Maria Salafranca (Cuba, 2022, 18’)
  • Tália – Real. David Gomes & Pedro Cruz (Portugal, 2021, 26’)
  • Travessias – Real. Ana Graziela Aguiar (Brasil, Cuba, 2022, 22’)

16H00

  • Corpo não Fecha – Real. Mattijs Van de Port (Holanda, Brasil, 2021, 74’)

Auditório Pepetela – Competição Nacional

18H00

  • Museu das Manifestações – Real. Irene A’mosi (Angola, 2022, 11’)
  • A Trajectória de Paulo Bunze – Real. Sandra Saquita (Angola, 2021, 37’)

Auditório Pepetela – Sessão Especial

15H00

  • Fantasmas do Império. Real. Ariel de Bigault (Portugal, França, 2020, 112’)
  • Seguido de debates com o público.

18H00 - Auditório Pepetela – Sessão Encerramento – Entrega de Prémios

A sessão de encerramento contará com a intervenção da organização do Festival.
Os lugares da sessão serão repartidos entre convidados e público.

ACADEMIA BAI - 31 Março, 5 e 6 Abril

As sessões de cinema são gratuitas na medida dos lugares disponiveis.

  • Inauguração do Festival na Academia BAI e dos seus espaços (Exposição, Feira do Livro e do DVD).
  • 14H – 15H – Recepção convidados e imprensa para o acto de assinatura protocolo Fundação BAI / DOCLUANDA

Auditório 1 – Sessão especial

  • 15H00 – Fantasmas do Império Real. Ariel de Bigault (Portugal, França, 2020, 112’)
  • Seguido de debate com a realizadora e moderado pelo critico de arte Adriano Mixinge

Auditório 1 – Competição Internacional

14H00

  • Labuta. Real. Inês Alves & Lara Plácido (Cabo Verde, 2021, 21’)
  • Set Her Running. Real. Rui Pinheiro (Portugal, 2022, 18’)

Auditório 1 – Sessão especial (Competição Internacional)

15H00

  • Corpo a Corpo. Real. Inês Gil (Portugal, 2022, 80’)
  • Seguido de debate com a realizadora e moderado pelo critico de arte Adriano Mixinge.

15H00 - 17h00 - Auditório2

Mesa Redonda – Produção Documentários em Angola

Com a participação de Jorge António (Cineasta, Director Doc Luanda), Kamia Madeira (admnistradora Executiva, Fundação BAI) Nguxi dos Santos (Realizador) Kamy Lara (Realizadora) e Jorge Cohen (Produtor).

Auditório 1 – Sessão especial

14H00

  • Elinga Teatro. Real. Paulo Azevedo (Angola, 2019, 52’)
  • Seguido de debate com o realizador e moderado pelo critico de arte Adriano Mixinge

Auditório 1 – Sessão especial

15H00

  • Corpo a Corpo. Real. Inês Gil (Portugal, 2022, 80’)
  • Seguido de debate com a realizadora e moderado pelo critico de arte Adriano Mixinge.

15H00 - 17h00 - Auditório2

16H00

  • Diálogos com Ruth de Sousa. Real. Juliana Vicente (Brasil, 2022, 107’)

ARTISTA DESTE ANO

Célio Pombo

Consta nos anais da história, que o rosto humano esconde um mistério que, até hoje, ninguém conseguiu decifrar.

É na arte figurativa que Célio Pombo se revela como artista, primeiro no desenho e, depois, na pintura. Desde criança, em Luanda, onde nasceu, descobriu em si o gosto e jeito pelo desenho. Não um desenho qualquer, mas o desenho de rostos. Na escola primária, começou a ser notado e distinguido pelos seus desenhos, que fluíam, naturalmente, do movimento das mãos, guiado pelo seu talento. No ensino secundário, apurou a técnica e recebeu conselhos e ensinamentos do grande Mestre Eduardo Zink, seu professor, que também influenciou muitos outros artistas daquela geração.

Célio Pombo partiu para Portugal, na adolescência. Levava consigo o sonho de seguir arquitetura. Aí, permaneceu alguns anos e aí fez muitas coisas. Conseguiu realizar o sonho de frequentar o curso de arquitetura. Trabalhou na Universidade Nova.

Recusou fazer serviço militar, porque não é um homem de guerras. Especializou-se em informática, que veio a ser o seu principal modo de vida. Entrou para a Banca há mais de 40 anos, primeiro em Lisboa e, há 17 anos, em Luanda.

Nesse seu diversificado percurso, a obsessão pelo retrato nunca o largou. Antes, o acompanhou, como um companheiro solidário, ajudando-o a amenizar vicissitudes e adversidades da vida. O retrato sempre foi, e continua a ser, um espaço de refúgio e de libertação. Retratos encomendados, retratos de pessoas próximas, retratos de família, retratos ao vivo e retratos de fotografias. Relembra, como marcantes, os retratos que fez de uma coleção de poetas portugueses.

Como autodidata, Célio Pombo aprendeu com a experiência a fazer retratos. Inicialmente, procurava seguir, com rigor e detalhe, o traço de cada rosto, procurando decalcar fielmente a realidade. Depois, com o tempo e amadurecimento artístico, foi-se demarcando e libertando dos limites que o real lhe impunha, passando a recriar os rostos com traços e cores livres, fortes e ousados.

Célio Pombo, na sua profunda reserva e modéstia, sempre se ocultou, como artista. Apesar de nunca ter deixado de pintar, apenas conta no seu percurso com três exposições. A última, em 2004, na Galeria Cenarius, registou forte adesão do público e mereceu o aplauso generalizado da crítica.

Catorze anos depois, Célio Pombo sai do seu refúgio e regressa ao contacto com o público, apresentando no Camões/Centro Cultural Português o seu mais recente trabalho ROSTOS. Rostos de Angola, rostos de África, que lhe serviram de fonte de inspiração. Sobretudo, mulheres. Rostos, que transmitem sentimentos diversificados, como alegria, sofrimento, dor, resignação, paz, sensualidade e beleza. Em alguns deles, sobressaem olhares, a saltar das órbitas. Uns, como punhais afiados, apontados para o observador. Outros, serenamente, a espraiarem-se na mansidão dos rostos e figuras, recortados em tons vibrantes, a evocarem os ocres da terra africana.

Teresa Mateus

Diretora do Camões/Centro Cultural Português

Luanda, 22 Janeiro 2018

EXPOSIÇÃO COM A

Augusta Conchiglia

Jornalista e fotógrafa italiana, passa a empenhar-se nas campanhas anticolonialistas depois de ter participado, em 1968, na realização de um documentário dirigido por Stefano de Stefani, sobre a guerra de libertação em Angola, produzido para a televisão italiana, RAI. O filme foi apresentado no ano seguinte, no Festival Panafricano da Argélia. Deste trabalho resultou também um livro de fotografias de sua autoria – Guerra di Popolo in Angola – e um primeiro disco de material sonoro registado durante as filmagens, intitulado Angola Chiama. Outros dois foram posteriormente editados com gravações de 1974, realizadas em Angola e Moçambique. Correspondente da revista Afrique-Asie, Augusta Conchiglia contribuiu para a criação de um movimento de solidariedade com a luta dos povos africanos, juntamente com a escritora e intelectual italiana Joyce Lussu, que foi a primeira tradutora, a nível internacional, da poesia de Agostinho Neto (edição Il Saggiatore-Mondadori, 1963). Tratava-se da Associação para as relações com os movimentos africanos de libertação (ARMAL) criada em Dezembro de 1968 e sediada na residência que partilhava com Stefano de Stefani em Roma. Durante anos acolheram dezenas de quadros e militantes das antigas colónias portuguesas.  Após a queda do regime colonialista português, em 1974, Augusta Conchiglia cobriu os acontecimentos na África Austral, instalando-se como correspondente regional em Luanda. Colaborou, igualmente, com vários centros de estudos africanos, nomeadamente da Nigéria e da África do Sul, tendo também escrito para outras publicações francesas, como o Le Monde Diplomatique. É actualmente membro do comité editorial do site de acesso livre “Afriquexxi” e dedica-se actualmente a escrever sobre a história contemporânea de Angola que padece, a seu ver, de inúmeras distorções.

HOMENAGEM À

Óscar Gil

Realizador/Produtor

Camões, 01 Abril - 18H

Há mais de 40 anos no activo como Cameramen, Realizador e Produtor de documentários, ficção para cinema e televisão,
ÓSCAR GIL é o homenageado da II Edição do Doc Luanda.

Um dos pioneiros do cinema angolano, Óscar Gil nasceu em 1952 na Chibia/Huíla.

Na TPA trabalhou com a equipa francesa da Unicité; Bruno Muel, Antoine Bonfanti e Marcel Trilliat. Estudou cinema e imagem na West Deutsch Rundfunch em Colónia, Alemanha. Entre 1976 e 1981, como repórter na guerra civil angolana, participou na frente Norte, Centro e Sul e acompanhou em várias viagens o Presidente Agostinho Neto. Foi delegado da TPA na Huíla, Namibe e Cunene. Em 1982, em Portugal trabalhou como cameramen para a RTP em séries, telefilmes e em todas as novelas transmitidas em horário nobre com os realizadores; Nuno Teixeira, Fernando Ávila, Jaime Campos, Herlander Peyroteu, Walter Avancini, Alvaro Fugulin, Regis Cardoso entre outros. Em Angola, criou em 1999 a sua produtora, a OGP – Óscar Gil Produções e realizou vários documentários, spots publicitários, filmes institucionais e séries televisivas (Caminhos Cruzados, Vidas a Preto e Branco, Encontros e Desencontros). Actualmente prepara uma LongaMetragem de ficção (Desenraízados) e um Documentário (Ondjelwa).

ENCERRAMENO COM A Popping Dance

HELENA NETO

Helena Neto nasceu em Luanda em 1996. É estudante do 4º Ano do Curso de Gestão de Empresas e cedo mostrou interesse na dança e se tornou bailarina de danças urbanas (Hip Hop, Kuduro, Afro house). Fez formação de Danças Urbanas no Brasil e Hip Hop na África do Sul. Faz parte do grupo de Dança Groove Monster e participou no Festival de Danças Urbanas do Brasil. Em 2018 e 2019, ficou em 1º lugar no Campeonato DMB em Luanda na categoria de Popping Dance.

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